Para quem curte a Bíblia
Para quem curte a bíblia 1008
Hoje a Bíblia nos chama a refletir sobre nossa responsabilidade em relação à pobreza. Vivemos num mundo desigual, onde grande parcela da população mundial não tem sequer o suficiente para alimentar-se dignamente. Infelizmente esta é uma realidade que acompanha a humanidade há milênios, como podemos ver na profecia de Amós, quando ele diz que os que estão confortáveis, sem preocupar-se com os pobres, serão punidos. No evangelho segundo Lucas vemos Jesus contando uma história aos fariseus, de um homem rico, que vivia esbanjando, e um miserável que tentava alimentar-se com restos em sua porta. Ambos morreram, o rico foi para o que chamamos de inferno, e o pobre para o céu. O que levou o rico à perdição não foi a riqueza em si, mas a sua indiferença em relação àqueles que padeciam a falta de recursos. Como sempre, além de nos chamar à reflexão, a Bíblia também nos mostra a solução, como lemos na carta de Paulo a Timóteo: “(...) Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. (...)”. Certamente é na vivência destas virtudes que está o caminho para aprendermos a administrar nossos bens de forma que os recursos disponíveis sejam suficientes para saciar a todos.
Leitura do Livro da profecia de Amós (Am 6,1.4-7)
Salmo Responsorial 145(146)
Leitura da Primeira Carta S Paulo a Timóteo (1Tm 6,11-16)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (Lc 16,19-31 )
Assim diz o Senhor todo-poderoso: “Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de Samaria! Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado; os que cantam ao som das harpas ou, como Davi, dedilham instrumentos musicais; os que bebem vinho em taças e se perfumam com os mais finos unguentos, e não se preocupam com a ruína de José. Por isso, eles irão agora para o desterro, na primeira fila, e o bando dos gozadores será desfeito”.
R: Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!
1. O Senhor é fiel para sempre, / faz justiça aos que são oprimidos; / ele dá alimento aos famintos, / é o Senhor quem liberta os cativos. – R.
2. O Senhor abre os olhos aos cegos, / o Senhor faz erguer-se o caído; / o Senhor ama aquele que é justo. / É o Senhor quem protege o estrangeiro. – R.
3. Ele ampara a viúva e o órfão, / mas confunde os caminhos dos maus. / O Senhor reinará para sempre! † Ó Sião, o teu Deus reinará / para sempre e por todos os séculos!
Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas. Diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. Essa manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém.
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: “Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'”.