Para quem curte a Bíblia
Para quem curte a bíblia 928
Chegamos à Semana Santa, momento em que celebramos de forma mais intensa a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, infelizmente ainda vivendo as dificuldades da pandemia causada pela COVID. Iniciando com o chamado Domingo de Ramos, refletimos sobre o momento da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sendo ovacionado, para na sequência ser abandonado por este mesmo povo que, manobrado pelos poderosos da época, pede sua morte. Será que nossa vida reflete a gratidão que sentimos por este sacrifício de Jesus Cristo como prova de amor a cada um de nós? Conseguimos amar ao próximo como ele nos amou, sendo solidários, respeitosos, tradando-os como gostaríamos de ser tratados? Ou estamos nos deixando levar pelo egoísmo, cuidando somente de nossas vidas ignorando o sofrimento dos outros, querendo impor nossa opinião, desrespeitando, ofendendo, nos deixando usar como massa de manobra dos poderosos de hoje? Aproveite este momento para refletir com cuidado sobre estas perguntas, pois as respostas te ajudarão a saber se sua fé em Jesus Cristo é verdadeira.
Leitura do livro do profeta Isaías(50,4-7) – 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
Salmo Responsorial: 21(22) R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” – R.
2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés, / e eu posso contar todos os meus ossos. – R.
3. Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! – R.
4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, † glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel! – R.
Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses(2,6-11) – 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (15,1-39 - mais breve)1Quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta'”. 4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram. 5Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo, desamarrando esse jumentinho?” 6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Levaram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou. 8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos(15,1-39 – mais breve) – 1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2E Pilatos o interrogou:
L (Leitor): Tu és o rei dos judeus?
N: Jesus respondeu:
P (Presidente): Tu o dizes.
N: 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4Pilatos o interrogou novamente:
L: Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!
N: 5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. 9Pilatos perguntou:
L: Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?
N: 10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo:
L: Que quereis então que eu faça com o rei dos judeus?
N: 13Mas eles tornaram a gritar:
G (Grupo ou assembleia): Crucifica-o!
N: 14Pilatos perguntou:
L: Mas que mal ele fez?
N: Eles, porém, gritaram com mais força:
G: Crucifica-o!
N: 15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. 16Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 18E começaram a saudá-lo:
G: Salve, rei dos judeus!
N: 19Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. 21Os soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. 24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um. 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O rei dos judeus”. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.(28) 29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
G: Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, 30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!
N: 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si, dizendo:
G: A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! 32O Messias, o rei de Israel… que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!
N: Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:
P: Eloi, Eloi, lamá sabactâni?
N: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:
G: Vejam, ele está chamando Elias!
N: 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo:
L: Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.
N: 37Então Jesus deu um forte grito e expirou.
Todos se ajoelham ou se inclinam por um instante.
N: 38Nesse momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:
L: Na verdade, este homem era Filho de Deus!