Destaques
O escapulário: o que é, como surgiu e como nos ajuda para a salvação eterna
“Todo aquele que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”
Descrição física
Nome
Significado
História
O superior geral da ordem era São Simão Stock, homem de fé e grande devoto de Nossa Senhora. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, na Inglaterra, São Simão pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus adversários. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com a promessa:
“Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
O escapulário era o avental usado pelos monges durante o trabalho para não sujar a túnica. Colocado sobre as escápulas (ombros), é uma peça do hábito que ainda hoje todo carmelita usa. Estabeleceu-se também o escapulário reduzido para ser dado aos fiéis leigos, após a visão de São Simão Stock. Dessa forma, quem o usasse poderia participar da espiritualidade do Carmelo e das grandes graças que a ele estão ligadas: entre outras, o privilégio sabatino (veja logo abaixo).
Confirmação pelos Papas
O Papa Bento XIII, em 1726, estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do Carmo, que a ordem já celebrava desde 1332, no 16 de julho de cada ano.
O Papa Pio XII declarou, em 6 de agosto de 1950: “A devoção do escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”.
O Papa Paulo VI também afirmou: “Para a Igreja, entre as formas de devoção mariana, está o uso piedoso do Escapulário do Carmo, pela sua simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade”.
Em 28 de janeiro de 1964, o mesmo Papa Paulo VI concedeu ainda que todos os sacerdotes católicos podem impor o Escapulário, o que até então era um privilégio dos padres carmelitas e de outros sacerdotes autorizados pela Santa Sé. Nisto se mostra o desejo da Santa Igreja de que todos tenham a possibilidade de revestir-se de um escapulário abençoado e colocado por um sacerdote (rito da imposição do escapulário).
São João Paulo II, que usava o escapulário desde a juventude, escreveu: “O escapulário é sinal de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João” (cf. Jo 19, 25-27).
Compromissos
Colocar Deus em primeiro lugar na sua vida e buscar sempre realizar a vontade d’Ele.
Buscar a comunhão com Deus por meio da oração, que é um diálogo íntimo que temos com Aquele que nos ama.
Por: Aleteia Brasil
Oescapulário consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo e o outro a do Sagrado Coração de Jesus, ou o emblema da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita; por isso mesmo, é uma veste.
A palavra latina “scàpula” significa ombro. O objeto de devoção acabou ficando popularmente conhecido como “escapulário” porque é colocado sobre os ombros. O escapulário também é conhecido como “bentinho do Carmo”.
Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. O escapulário é, em suma, um sinal externo de devoção mariana e de consagração pessoal à Santíssima Virgem Maria. É um sacramental, ou seja, um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se simbolizam efeitos espirituais obtidos pela intercessão da Igreja (cf. SC 60). O escapulário deve ser abençoado e colocado no fiel por um sacerdote, conforme o rito da imposição do escapulário.
Muitas pessoas usam o escapulário como um “amuleto”, algo “mágico” que “dá sorte”, que livra de “mau olhado” ou coisa semelhante. Ou simplesmente por modismo. Esses mesmos desvios acontecem com o uso de cruzes, medalhas, terços… O verdadeiro sentido de se usarem objetos de devoção deve brotar da consciência e do coração daquele que os usa, conhecendo o seu verdadeiro significado e escolhendo livremente sinalizar algo que existe em seu íntimo, em sua fé, em seus propósitos e em sua conversão.
No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo se reuniu no Monte Carmelo, na Terra Santa. Lá construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. O local já era considerado sagrado desde tempos imemoriais (cf. Is 33,9; 35,2; Mq 7,14) e se tornara célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra “carmelo” quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Tempos depois, expulsos dos Monte Carmelo pelos muçulmanos, os carmelitas se mudaram para a Europa, onde passaram por grandes dificuldades. Os frades carmelitas encontravam forte resistência de outras ordens religiosas para a sua inserção. Eram hostilizados e até satirizados por sua maneira de se vestir.
Em sua bula chamada “Sabatina”, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir à sua morte. Esta graça ficou conhecida como “privilégio sabatino”. As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1908.
Quem se reveste deste sinal mariano deve adotar algumas atitudes fundamentais:
Escutar a Palavra de Deus na Bíblia e praticá-la na vida.
Abrir-se ao sofrimento do próximo, solidarizando-se com ele em suas necessidades, procurando solucioná-las.
Participar com frequência dos sacramentos da Igreja, da Eucaristia e da confissão, para poder aprofundar o mistério de Cristo em sua vida.