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Para uma doença virtual, um remédio real: a presença!!
Vamos refletir um pouco. Faça uma pequena pausa e observe (com moderação) alguém que esteja próximo de você. É provável que esteja manuseando seu smartphone. Imerso neste mundo virtual tão fantástico quanto famigerado.
Nossa mente nunca foi tão bombardeada com informações, dados e estímulos. E aqui estamos. Cada vez mais neuróticos e viciados em um sistema que não pára de crescer.
E nossos filhos? Amordaçados por nós mesmos que, quando queremos seu silêncio, aprovamos um uso desenfreado do celular ou da televisão. Afinal, queremos algo que lhe dê entretenimento. Algo útil para que sua presença não nos incomode.
É um paradoxo mesmo. Estou eu aqui fazendo uma reflexão usando exatamente este mesmo mecanismo. É portanto errado? Claro que não! O problema não está no smartphone ou qualquer outro instrumento de comunicação atual. Óbvio que não. Nossos filhos estão adoecendo porque nós estamos permitindo. E é isso que precisa mudar.
Penso que é urgente entender de uma vez por todas que relacionar-se com o outro “dá trabalho”. É preciso esforço, doação, renúncia e entusiasmo. Não dá pra ser bom com o nosso amigo nas redes sociais e continuar fornecendo nosso lixo nas relações humanas, principalmente quando estamos perto DE VERDADE de quem escolhemos amar.
Rogo por mais rodas de amigos e menos grupos virtuais. Mais conversas demoradas em uma mesa com quem se ama do que noites perdidas em relações distantes. Rogo por mais jogos de tabuleiros entre pais e filhos. Rogos por mais piadas contadas entre amigos que só se encontram “de vez em quando”. Rogo que Deus me permita ser mais real e menos virtual.
Que vejamos mais o brilho no olhar ao invés de brilhos de telas. “Nos deram espelhos e vimos um mundo doente” (Renato Russo). Deus nos ajude a contornar isso.
Por: Fred Pacheco
Fonte: catholicus.org.br