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Missa de abertura da JMJ 2019 é celebrada no Campo Santa Maria La Antigua
Foi celebrada, nesta terça-feira, 22, a Cerimônia de Abertura da Jornada Mundial da Juventude do Panamá, no Campo Santa Maria La Antigua.
Na homilia, o Arcebispo do Panamá e presidente da Conferência Episcopal do país, Dom José Domingo Ulhoa Mendieta, deu as boas vindas aos peregrinos:
“Nossa alegria é imensa diante da presença de todos vocês. Hoje os recebemos com o coração e os braços abertos. Obrigado por aceitar o chamado de nos encontrar neste pequeno país, no qual a fé chegou de mãos dadas com a Virgem Maria, sob o título de Santa Maria La Antigua. Um país que fez seu maior esforço para que cada um de vocês tivesse um encontro com Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida.”
O Arcebispo lembrou que o Panamá é a primeira diocese em terra firme das Américas, de onde se irradiou o Evangelho para o restante do continente americano, e falou da gratidão a Deus por serem sede desta JMJ, uma “jornada para a juventude das periferias existenciais e geográficas:
“Desejamos que seja um bálsamo para a difícil situação com a que convivem sem esperanças muitos deles, especialmente a juventude indígena e afrodescendente, a juventude que migra devido à resposta quase nula de seus países de origem, que os lançam a semear suas esperanças em outros países, expondo-os ao narcotráfico, o tráfico de seres humanos, a delinquência e tantos outros males sociais.”
Dom Mendieta afirmou que os peregrinos são muito importantes para a Igreja Católica no Panamá, que confia na juventude e em seu protagonismo, e que os jovens encontrarão no país um ‘pedacinho do mundo inteiro’, e uma nação com uma história de serviço, de unidade na diversidade, enfim, uma nação abençoada:
“Nosso povo está pronto para recebê-los, para compartilhar suas tradições, a riqueza multiétnica e pluricultural, mas de forma muito especial, compartilhar a alegria da fé em um Deus, que está atuando entre nós, em nossa história pessoal e comunitária.”
Em sua mensagem, o Arcebispo refletiu sobre os frutos desta JMJ, que devem levar os jovens a uma confrontação consigo mesmos e com a doutrinação vigente do sistema anti-valores, e afirmou que somente o chamado de Deus preenche o coração humano, e o leva a viver o Evangelho:
“Para assumir este grande desafio devem preparar-se em consciência conhecendo sua história pessoal, familiar, social e cultural, mas sobretudo sua história de fé. Só assim, de mãos dadas aos seus avós e seus pais, poderão transformar com a alegria do evangelho aquelas situações de injustiça e de desigualdade, que ferem a sociedade.”
Dom Mendieta recordou a todos o lema da JMJ “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”, na primeira jornada com um tema mariano:
“Nos olhos de Maria, cada jovem pode redescobrir a beleza do discernimento; em seu coração pode experimentar a ternura da intimidade e a valentia do testemunho e da missão. Imitemos sua disponibilidade a servir, como fez com sua prima Isabel. Estejamos dispostos a que uma espada nos atravesse o coração como aconteceu com Maria, ao viver a paixão de seu Filho e esperar pacientemente sua alegre Ressurreição!”
Por fim, o Arcebispo falou sobre a santidade dos jovens. Para ser santo, é preciso nadar contra a corrente, sair da lógica do “deixe de sofrer”, que faz o ser humano “gastar muitas energias para escapar das circunstâncias onde se faz presente o sofrimento”.
“Não tenhamos medo, queridos jovens, tenham a coragem de ser santos no mundo de hoje, com isto não estarão renunciando à sua juventude ou à sua alegria; muito pelo contrário, mostrarão ao mundo que é possível ser felizes com muito pouco, porque Jesus Cristo, a razão de nossa felicidade, já nos deu a vida eterna, com sua Ressurreição.”
Da Redação