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Festa do 21º aniversário de Sagração da nossa Igreja Matriz

DIA 25 DE MAIO, ÀS 20H: MISSA SOLENE

DIA 26 DE MAIO, ÀS 20H30: BINGÃO NO SALÃO PAROQUIAL

PORQUE ESSA DATA É IMPORTANTE PARA A HISTÓRIA DE NOSSA COMUNIDADE? VEJA A EXPLICAÇÃO LOGO ABAIXO.

O que é o rito de dedicação de uma igreja?
A celebração de dedicação marca a vida de uma igreja
Desde os primórdios, Deus se comunicou com o homem de diversas maneiras. Podemos ler, no Antigo Testamento, o Senhor que se revela a Abrão por intermédio
de um anjo (Gn 18,2ss). No livro do Êxodo, Deus se manifestou a Moisés na sarça ardente (3,2) e o tornou libertador do povo de Israel. Esse povo cultuava Deus
por meio de orações, sacrifícios e de uma conduta segundo os mandamentos. Hoje, nós temos a igreja para nos reunirmos, para escutarmos a Palavra; mas antes
o povo realizava seus sacrifícios e orações no deserto e em tendas.
No primeiro livro de Samuel aparecem outros elementos que ajudavam o povo eleito na fé: a Arca da Aliança (4-6), que continha as Tábuas da Lei; o cajado de
Aarão e o maná; a unção, o óleo com o qual reis e profetas eram ungidos (10,1;16). O grande rei Davi bem que gostaria de construir um templo para o Senhor, mas
foi seu filho Salomão que o fez. O templo foi destruído inúmeras vezes, atualmente existe apenas uma pequena parte que é conhecida como muro das
lamentações.

Com a vinda de Jesus Cristo, a ideia de casa de Deus, de templo, não diz respeito apenas a um edifício, mas a pessoas que formam uma comunidade, uma ecclesia,
uma assembleia. Jesus havia escolhido Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). O apóstolo Paulo faz a comparação e
apresenta a imagem da Igreja como um corpo, que tem como cabeça Jesus Cristo (1Cor 12). O apóstolo Pedro, em sua carta pastoral, dizia à comunidade: “Do
mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo” (1Pd 2,5). Pode-se verificar que não havia uma preocupação de
construir um templo, aliás no próprio discurso de Estevão ele diz que Deus não mora em casa feita por mãos humanas (At 7,48). De qualquer forma, também no
início da Igreja, os apóstolos se reuniam nas casas para rezar. Paulo estava provavelmente numa casa, estavam reunidos para a fração do pão; e como se delongou
na pregação, um jovem caiu da janela (cf. Atos 20,9).
Com o tempo, a Igreja foi crescendo e houve a necessidade de um templo. No fim do século I, eram edifícios denominados “Casa de Assembleia”; no século II,
“Casa de Deus”, estes últimos normalmente foram edifícios de poderosos, que se convertiam e doavam esses edifícios para a Igreja. Isso é bem identificado por
volta do ano 300 d.C, quando Constantino recebeu a evangelização de sua mãe Santa Helena. Esses espaços e outros construídos passaram a ser oficialmente os
locais de oração, do culto eucarístico, da pregação da Palavra, local onde se cultivava a fé. Esse local é a igreja; ela era e é o local de encontro. Assim como no
Antigo Testamento, Deus se manifestava na tenda ou no próprio templo, a Igreja acredita e celebra a presença de Deus também no templo, a igreja.
Quando a construção de uma igreja chega ao fim, a celebração que marca a vida dela tem o nome de “dedicação”, que pode ser traduzida como consagração,
sagração ou inauguração. O termo normalmente mais usado é “dedicação”, toda igreja é dedicada por excelência à Santíssima Trindade, a Nosso Senhor Jesus
Cristo e seus títulos; ao Espírito Santo, a Santíssima Virgem, aos Santos Anjos, aos santos inscritos no Martirológio Romano. Na dedicação da igreja, o rito é
belíssimo e muito rico de significados. Normalmente, é o bispo daquela diocese quem dedica a nova igreja. Ali acontece a aspersão da água benta, as unções do
altar e das paredes no edifício, a incensação, a deposição das relíquias no altar, a iluminação e, é claro, o rito da Palavra e da Eucaristia.

Parte por parte, com muito significado, a água aspergida logo no início é um clamor para que todo local seja purificado, lavado por Deus tanto as paredes quanto
cada fiel que participar, é um rito penitencial, por isso não há o ato penitencial como de costume. As unções do altar e das paredes ungem aquela mesa que será
usada para o sacrifício eucarístico, a unção ainda exala aquele belo e agradável odor do qual todos somos chamados a exalar, o odor de Cristo (2Cor 2,15). O
incenso, a fumaça que sobe aos céus são as nossas orações, nossos pedidos elevados ao Pai. Desde os primeiros séculos, celebrava-se nas catacumbas sobre as
relíquias dos mártires, os santos que deram a vida por amor a Jesus Cristo; assim, a deposição das relíquias no altar, hoje não mais exigido que seja de um mártir,
nos recorda a doação, a entrega dos santos como resposta ao amor divino. A iluminação: Cristo é a Luz que ilumina, a Luz por excelência que nos tirou da
escuridão, por Ele somos iluminados, por Ele também iluminaremos onde chegarmos, levando a luz que é Cristo.
Por fim, o rito de dedicação de uma igreja diz muito da nossa fé, é uma celebração que se deve viver com muita piedade e atenção. E cada vez que entrarmos
numa igreja, tenhamos o devido respeito, amor por cada espaço daquele local, é um local sagrado, onde Deus manifesta a Sua glória e misericórdia, um local de
encontro com o Pai por meio de Jesus Cristo no Espírito Santo, lugar de falar e de ouvir a Deus, lugar de celebrar, de pedir, de dar graças por tantos benefícios
vindos do Alto. Naquela igreja ou capela que frequentamos, seremos agraciados por Deus e cheios d’Ele voltemos para casa, para o trabalho, para transbordar o
Seu amor.

AUTORIA:

Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema
sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater
Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn

Horários das Missas

 

 Todo dia 02 de cada mês missa em louvor à Nossa Senhora com a tradicional benção das velas.

 Sábado, às 18h, missa no Cinerário Nossa Senhora da Luz.

 Domingo, às 10h30 e 18h30 missa na Matriz.

 

Domingo, às 09h missa na Comunidade Santa Edwiges

 

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